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Será que o ceratocone é pior nos homens ou nas mulheres?


A ciência não para de estudar as doenças do corpo humano, suas causas e fatores de risco. O objetivo, claro, é reunir conhecimento para reduzir os problemas de saúde e dar qualidade de vida à população. O ceratocone, por exemplo, é um desses problemas que despertam a curiosidade de muitos pesquisadores, já que tem um impacto considerável sobre o bem-estar dos pacientes acometidos pela doença. Trata-se de um afinamento e perda de rigidez da córnea, fazendo com que ela se torne abaulada, ganhe o formato de um cone e comprometa a visão de forma progressiva. Sabe-se que o ceratocone costuma aparecer na puberdade, entre os 13 e 18 anos, e não tem causas totalmente conhecidas.


O surgimento e a progressão estão ligados a fatores de risco como o hábito de coçar os olhos com frequência e alta intensidade, predisposição genética, Síndrome de Down, afrodescendência, apneia do sono e complicações do diabetes. Como existe uma questão genética por trás desse problema, muitos pacientes costumam questionar se o ceratocone é pior nos homens ou nas mulheres, e por isso selecionei um estudo que nos ajuda a formular uma resposta. Ao longo de 4 anos, pesquisadores avaliaram um grupo de homens e mulheres com idade entre 48 e 59 anos para mapear se havia alguma diferença de progressão do quadro associada ao gênero. Eles analisaram a acuidade visual de todos os pacientes, a sensibilidade ao contraste, a medida da curvatura da córnea e a presença ou não de cicatrizes, e notaram que a doença evoluiu de forma igual, sem nenhum sinal que justificasse atenção diferenciada.


É importante lembrar que o ceratocone deixa a nossa visão embaçada, ligeiramente distorcida e mais sensível à luz. Essa condição é suficiente para atrapalhar a realização de diversas atividades corriqueiras, como a leitura, estudo, prática esportiva e direção veicular. As consultas oftalmológicas de rotina servem para tirar as nossas dúvidas sobre a visão, realizar exames que diagnosticam uma série de problemas em fases iniciais e indicar um tratamento adequado que evite complicações. Recomenda-se que todas as pessoas visitem um oftalmologista pelo menos uma vez por ano a fim de fazer um check-up.


Quem tem um problema de visão já identificado pode precisar de visitas mais frequentes, visando o acompanhamento e controle do quadro. O fato do ceratocone ser uma doença prevalente na adolescência só reforça o quanto é necessário iniciar os cuidados preventivos desde cedo.

 
 
 

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©2023 por Dra. Giselle Caon

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